Pandemia ou pandemônio?

Tal questionamento subentende uma escolha. Temos a pandemia que é o real e o pandemônio que é o mental. Por real entendemos que são os fatos que se apresentam. Tudo aquilo que jamais imaginamos que pudesse acontecer se evidencia diante de nós por meio do invisível coronavírus. E não dá para dizer que é ficção, que é manipulação. O mundo parou, os números são concretos. Junto com eles são virados os cochos. Tudo o que estava debaixo dos panos, apareceu. E, aí estão o bem e o mal. 

Se olharmos para o mal veremos a fome, o perigo, o estilhaçamento dos sistemas. Se olharmos para o bem veremos a mãe terra nos abençoando com seus frutos, com a beleza das flores, com a alegria das crianças que estão podendo ficar com seus pais em tempo integral. Olha que luxo! Impressiona como até o tempo que seria de chuvas, nos traz as benesses da luz do sol quase todos os dias. 

Já o pandemônio cobre os rostos com máscaras. Tudo o que se consegue ver, vem embaçado com as cores do caos e das turbulências mal resolvidas da mente. Gera medo, angústia, sufoca até quem não está tomado pelo vírus em uma UTI. Insegurança total, brigas, conflitos de toda ordem.

Resta saber com qual escolhemos ficar? Com a pandemia, inusitado sinal da presença divina ou com o pandemônio cujo nome já diz de onde vem?